6.9.11

Infinito



As pessoas dizem que com o tempo as coisas alteram-se, as grandes cidades mudam de uma viagem a outra, as pequenas viram grandes, as grandes pessoas e as menores deixam parte delas, e principalmente os sentimentos que nutrimos pelas coisas. Mas eu acredito que não, alteram-se quando são feitos de memórias, quando são repletos de mudanças, as coisas alteram-se quando pensamos nelas, e eu prefiro não ter que pensar. Gosto de as viver e, por isso, guardo as nossas memórias diariamente, a todos os momentos, para não ter que viver elas, de viver a lembrá-las. Escolho viver todos os dias aqui e agora, eu não quero apenas memórias, lembranças de um passado que tivemos, que vivemos, quero imortalizar-nos, fazer com que o tempo por nós não passe. Quero fotografar-nos com o coração, em cada abraço, em cada beijo, quando sorris educadamente de cada piada que na verdade nada tem para rir, enquanto andas, agarras a minha mão e a balanças enquanto nos unimos, quero ficar com todos os nossos dias dentro de mim, e ser feliz em todos eles, vale por tantas quantas as memórias que quisermos. Gosto de nos escrever, de falar sobre o que somos, porque quando se fala de amor, as palavras não tem que fazer qualquer sentido, basta senti-las.

O tempo a nós não nos levou os dias, não os tornou menos bonitos, nem menos agradáveis ao sentimento, tornou-nos mais apaixonados, mais indestrutiveis, mais capazes de carregar o mundo às costas. O tempo não nos mudou, moldou-nos um para o outro. Já te disse tantas vezes, eu sei, mas fizeste-me ver o mundo de outra forma, ver as coisas de outra perspectiva, compreender do outro lado, e este novo sitio que me mostraste acredita, é bem mais bonito do do que aquele onde eu vivia. Há dias em que te quero pedir desculpa, por não te ter sentido como tu sentias, por não ser capaz de me dar da mesma forma que tu permitiste que eu te conhecesse, mas depois fico feliz por ter sido assim. Quem sabe, não tivesses lutado tanto por mim, por ter um pouco, mínimo que fosse, de tudo o que me davas. Acho que sobrevivemos porque não temos segredos, contámos um ao outro até o pior de nós, porque quem ama fica, não nos vira as costas pelo que fomos, por tudo o que fizemos antes de nos ter. E eu fiquei, e depois de saberes tudo sobre mim, depois de tantos avisos, também tu escolheste ficar. Agora, sei que te dou tudo o que tenho e tudo o que sou, e não vale a pena importar-mo-nos com o que os outros pensam, dizem ou tentam fazer, eu sei que foste feito para mim, não és apenas o homem da minha vida, és o homem de toda a minha existência. Não sei se te deva agradecer por todos os dias que me deste, ou se te deva pedir muitos mais, de qualquer forma, eu quero-te para sempre.

O infinito, se não for pedir muito, quero-o para nós.

19 comentários:

  1. está lindo, inês, lindo!
    vocês namoram há quanto tempo? (se não for perguntar muito, claro.)

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  2. adorei, uma relação bem construída vale por tudo. e eu falo por experiência própria :) beijoca**

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  3. sem duvida que foi escrito com muito amor (with love) e está lindo, simplesmente lindo :')
    Felicidades, Inês *

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  4. a cor é muito bonita sim +.+
    querida, estou a seguir os teus 3 blogues mas vejo-me sempre aflita para saber em qual comentar, porque não sei em qual tens mais presença.

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  5. obrigada inês :$ mas eu gosto de ser prática :f

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  6. como conseguiste ser diferente?
    já namoram há "imenso" tempo!

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  7. sim eu sei. o «with love» é o principal mas confesso que adoro o outro :p , obrigada eu :)

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  8. Claro que nos conhecemos. Do Past . Present . Future. E que bom é encontrar-te, muito obrigada. Já estou a seguir ♥

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  9. em parte, sinto saudades de escrever assim textos com tanta emoção :)
    minha querida, quero agradecer-te por cada palavrinha que me foste deixando no meu espacinho ao longo do tempo da sua existência. quero ainda dizer que jamais me esquecerei de ti. um enorme beijinho da simple writer :) , peço desculpa se nem sempre fui muito presente

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  10. É mesmo, faz bem. E do mundo do blog não sairei, só sai apenas deste blogue. Que sabe um dia não tenha necessidade de me refugir de novo nele.

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  11. tinha tantas saudades de te ler. oh minha inês, escreves como ninguém. sabes bem disso. e eu adoro-te, a ti e à tua doce escrita!

    Tenho um blog novo, aqui tens o link :) segue-me! - http://lovehope-happiness.blogspot.com/

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