8.8.11

I used to think that..

vezes sem conta importei-me. importei-me que nos tivesses ultrapassado, que não te importasse tudo o que fomos. vezes sem conta escrevi palavras para ti, com esperança que a coragem me deixasse enviá-las, mas não era a coragem, era a consciência que me desviava desse caminho. Tantas vezes julguei que éramos diferentes, depois de tudo o que vivemos, nós a duas não nos podíamos largar, eras, sem dúvida, a única que o tempo não me podia levar, mas enganei-me. Enganei-me com a única que eu achei que não me podia largar. Hoje, são outras pessoas que ocupam a tua vida, quem sabe até, o meu lugar e eu cansei-me sabias, cansei-me de não deixar entrar ninguém no teu espaço, nem a pessoa que está comigo há mais anos que tu penetrou tão fundo no meu coração. Escrevi-te tantas outras vezes neste, e noutros pequenos espaços, e no entanto nunca te escrevi assim, nunca te escrevi para desistir de ti, nem mesmo quando nos perdemos dos nossos verdadeiros caminhos. Eras o meu reencontro, durante realmente muito tempo, foste tudo o que mais me importou, e as pessoas tinham ciumes de ti, porque depois de tudo o que me fizeste, de tudo o que eu te fiz, eu continuava a colocar-te naquele lugar bem lá no cimo, que é tão difícil de atingir em mim, mas mesmo assim, tu foste embora. Gostava de te conhecer, quem tu és agora, porque não costumavas de deixar aqueles que mais faziam por ti, para trás, não era costume arranjares outros amigos e esqueceres-te de quem te ajudou a ultrapassar as piores fases da tua vida. Várias vezes nos últimos tempos eu carreguei uma culpa que não me pertence só a mim, e carreguei-a tempo demais, hoje, livro-me dela, porque não foi apenas minha. Quando as pessoas querem, não há nada que as destrua, e ao que parece, de momento tu não queres. Tentei aproximar-me de ti, mas foi em vão, já não eras a minha pequena irmãzinha, já não te rias das minhas brincadeiras, já não te metias comigo, já não me contavas a tua vida, nem tão pouco querias saber da minha, foste fria, muitas das últimas vezes, foste realmente fria comigo e o meu coração magoou-se. Tinhamos prometido que não voltávamos a ser o mesmo, e para que não voltemos a magoar-nos eu prefiro parar por aqui e desistir. Sempre me disseram que o que é nosso volta, e se realmente nos pertencemos, quem sabe eu estarei sempre aqui à espera, talvez para conhecer quem és agora, talvez quando precises de alguém que te volte a dizer que acredita em ti, como sempre fiz. Não é que me sejas uma estranha, só já não vejo em ti quem eu conhecia. Não me peças para olhar para trás se tu não olhas, agora sou eu e tu. Esquecemos alguma vez parte do que somos? Vai ser o que tiver que ser.

era contigo, o meu dia-a-dia, era contigo.

..we were some kind of sisters.
#6 LETTER TO A STRANGER
#9 LETTER TO SOMEONE YOU WISH YOU COULD MEET

17 comentários:

  1. "Quando as pessoas querem, não há nada que as destrua", não podia estar mais de acordo! Quando ambas querem, até podem bater no fundo, porque mesmo assim não se vão separar.
    De facto, quando sentimos que as pessoas já não lutam por nós então é altura de deixarmos de lutar por elas.
    O sentimento há-de ficar sempre, independentemente de tudo, o que foram fará sempre parte da vossa história, e quem sabe se um dia não a voltarão a escrever juntas

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  2. passei uma única vez pelo que falas, por isto, na minha vida e doeu-me como tudo, como nada, como se me tirassem o mundo, a mão que me segurava. mas o tempo ajudou-me. depois de tantas e infinitas lágrimas. depois de tantos arrependimentos, de tanto implorar que ela voltasse ao que sempre fui, acabei por me cansar... hoje, voltei a falar com ela. não somos o passado que nos pertencia. agora somos diferentes, mas fazemos parte da vida uma da outra, de vez em quando.
    nunca nada voltou ao normal e perfeito. nunca nada voltou a ser só nosso, mas foi preciso tempo. foi preciso espaço e conforto de outros alguéns, para hoje, conseguir tê-la na minha vida, com pouca dor, porque a dor contínua. a dor de uma amizade perdida.

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  3. A partir do momento em que se sente que és só tu a remar contra a maré, começas a desistir. Já desisti de pessoas mas depois revelaram-se e cheguei á conclusão que afinal, não valiam a pena, não valiam o meu esforço mas pelas tuas palavras acredito que ela valha o teu esforço mas quando se anda há demasiado tempo a remar contra a maré, torna-se impossivel e cansativo. Percebo o que sentes.

    kiss, Al*

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  4. a vossa amizade era tão única, tenho esperança que um dia se reencontram e vivam tudo o que andam a deixar para trás. força inês, estou aqui sempre (L)

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  5. Já passei por isso, sei como é dificil remar contra a maré sozinha, sei como é dificil 'perder' aquela pessoa que imaginávamos ser o nosso chão, o nosso 'tudo'... mas eu aprendi que se as pessoas não querem mais estar nas nossas vidas, não podemos obrigá-las e não há nada pior que uma relação de obrigação, onde forçamos as conversas e os convivios...
    Segue em frente bebeda, vais ver que depois disto vais reparar que há melhores pessoas na tua vida ♥
    ( e eu sei que nunca fomos de falar muito mas podes contar comigo :) )

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  6. ain me identifiquei tanto !
    Estou passando por isso :/
    Força e sucesso
    Beijos;
    http://malditasmusicasdeamor.blogspot.com/

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  7. parece que passamos pelo mesmo. ou parecido. só te digo isto: não há maneira de não desistirmos, quando quem está do outro lado já desistiu há tanto tempo.

    força*

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  8. já passei por isso, e não é o melhor sentimento na verdade, mas pronto há que seguir em frente :) força

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  9. nem sabes o quanto me identifiquei com este texto. saio daqui com o coração mesmo apertadinho *

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  10. há amizades que por vezes ficam destruidas por causa de desilusões e eu sei o quanto isso é verdade.
    aquele texto é apenas porque gostaria de saber qual o ponto de vista deles em relação aos sentimentos :)

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